O frete marítimo China - Brasil disparou! Desde o segundo semestre, vários fatores influenciaram o aumento anormal do frete internacional: o início da “peak season” (período de alta demanda do frete internacional), a retomada da economia após o primeiro “lock down”, a redução de rotas pelos armadores, e a chegada de feriados chineses mais prolongados, e o desabastecimento global.
Assim, o frete internacional teve um aumento atípico passando de USD 400,00 na metade do ano de 2020 para mais de USD 9.000 no início de 2021, inviabilizando muitos negócios e gerando um aumento nos preços dos produtos acabados de forma geral.
No início da pandemia muitos pedidos foram cancelados, mas a demanda por produtos não seguiu a mesma linha. O investimento que iria para cargas migrou para itens de casa, ou seja, o consumo local aumentou por todo o mundo e com isso faltaram produtos.
Esse aumento compromete alguns setores que dependem das importações da China como a indústria de produtos elétricos e eletrônicos. Segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), empresas de maior porte tiveram reajustes de 90% e as menores de 200% no custo.
Ao mesmo tempo que vivemos um momento de incerteza, as empresas não podem parar seus negócios. Precisam continuar comprando suas matérias-primas, precisam continuar produzindo para atender seus clientes.
Mais do que nunca, é importante planejar, entender o impacto nos custos, dialogar com seus clientes para explicar os reajustes, renegociar os preços com os fornecedores, analisar o fluxo de caixa, monitorar a concorrência e entender a dinâmica dos preços no mercado.
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