Sempre gostei de novos desafios. Um novo projeto, um novo curso, uma viagem ao desconhecido. Hoje início um novo caminho, mas trago comigo uma bagagem da qual muito me orgulho. Uma trajetória de erros e acertos, orgulhoso de ter sempre tentado acertar e de ter sempre buscado melhorar com os erros.
Neste blog, espero poder compartilhar com vocês um pouco da minha caminhada, não somente a trajetória de negócios, mas também da experiência vivida. Espero que curtam, que participem e que também compartilhem comigo suas jornadas. Hoje começo compartilhando um pouco da minha.
A evolução da jornada
Nasci em 1978. Logo, segundo a literatura, sou considerado remanescente da chamada “Geração X”, que surge em um momento internacional conturbado, mas que sempre batalhou muito por conquistar seu espaço, e que, no Brasil, contribuiu pela construção de muitos momentos históricos.
Cresci em um período quando o Brasil foi muito bem representado internacionalmente no esporte, desde a Fórmula 1 do nosso grande Ayrton Senna, até o basquete de Oscar e Hortência. No futebol, quando jovem, pude vivenciar o Brasil participar de três finais seguidas nas copas de 1994, 1998 e 2002. Vi nosso Criciúma fazer bonito no continente Sul Americano, o Brasil atropelar os adversários no futsal e no futebol de areia. Vi o vôlei mostrar como se cria uma cultura vencedora, através de planejamento e liderança. Vi o atletismo brilhar.
Já cresci com a TV colorida, mas, na juventude, surgiu a TV a cabo, com inúmeros canais internacionais e com uma variedade de informações antes nunca imaginadas. Depois, vimos a ascensão dos computadores pessoais. Com ela, o Windows, depois os Palm Tops, a internet, o Netscape, o mIRC, o ICQ, o Messenger. Agora, temos o Google, o Youtube, a Netflix, o Zoom, enfim, as startups.
Quando optei por fazer um intercâmbio, pouca gente ia morar fora do Brasil. Tínhamos poucas opções. Hoje temos crianças fazendo intercâmbio aos 13 anos de idade. Na nossa época, aos 13 anos mal sabíamos o verbo “to be”. Hoje os jovens estão cada vez mais poliglotas. Que bom que o mundo está evoluindo e que novas oportunidades surgem a cada dia, mas elas surgem para aqueles que estão preparados, para aqueles que as procuram.
Um futuro cada vez mais Humano
Ao escolher o curso de Engenharia de Automação, tinha medo de ajudar a promover o desemprego no mundo. Hoje os robôs estão fazendo cirurgias, estão tirando muitos trabalhadores de condições difíceis de trabalho, criaram novos empregos, novas indústrias.
Atualmente, com os avanços da inteligência artificial, a automação atinge um novo patamar, e os robôs estão automatizando rotinas administrativas repetitivas, deixando as pessoas livres para pensarem mais. Isso certamente trará desafios aos quais a humanidade terá que se ajustar. Será que estamos prontos?
Uma coisa é certa: nunca conseguiríamos tais avanços se não fosse a natureza humana de estar constantemente se desafiando, se não fosse a natureza curiosa do ser humano em dominar o desconhecido, a natureza de viver em sociedade. Se cada um de nós vivesse em sua bolha, certamente não estaríamos neste patamar de desenvolvimento. Mesmo assim, apesar de tanto desenvolvimento, vemos tanta gente egoísta, individualista e corrupta por aí.
Hoje fala-se muito em propósito, em legado, e do por que acordamos todos os dias para trabalhar, e cheguei a uma conclusão. Se conseguirmos convencer nossos familiares, nossos amigos, nossos clientes e colegas de trabalho sobre a importância de desbravar este mundão, de aprender com as diferentes culturas, de respeitar o outro mesmo com suas diferenças, de interagir, aprender, ensinar e compartilhar com as pessoas, penso que a sociedade, além de ser desenvolvida, será muito mais evoluída e humana.
Renato Barata Gomes
CEO | Dama Import Export
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